O senador Izalci Lucas (PL-DF), em pronunciamento no Plenário nesta quarta-feira (16), criticou a atuação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva diante da escalada de tensões comerciais entre Brasil e Estados Unidos. Segundo o parlamentar, declarações de Lula sobre o presidente Donald Trump contribuíram para o agravamento da "guerra tarifária".
— Lula não ofereceu uma contraproposta, não tentou negociar. O que o Lula ofereceu foi uma fruta, dizendo para o mundo que o país da jabuticaba é, na verdade, uma República das bananas. E essa nem foi a primeira agressão do presidente Lula contra o presidente dos Estados Unidos. Lula já atacava Trump desde o início deste mandato. Foram diversas falas e ações contra o Trump — disse Izalci.
O senador destacou que, embora o governo questione as tarifas impostas pelos Estados Unidos, a balança comercial tem sido historicamente favorável ao Brasil. Segundo ele, na última década, o país acumulou mais de R$ 400 bilhões em superávit nas trocas comerciais com os norte-americanos. Izalci explicou que, apenas neste ano, o saldo positivo foi de R$ 1,6 bilhão, evidenciando que o Brasil tem exportado mais do que importado.
O parlamentar afirmou que outros países, como a Argentina, conseguiram reduzir tarifas por meio do diálogo. Ele defendeu que o Brasil adote uma postura menos ideológica e mais pragmática na política externa para buscar uma solução que evite prejuízos ao setor produtivo.
— Geraldo Alckmin fez uma reunião com o presidente aqui do Congresso, juntamente com as lideranças do governo, no sentido de buscar um entendimento que não seja ideológico, que a gente possa, de fato, resolver essas questões tão importantes para o Brasil. Essas taxações não foram impostas só ao Brasil, mas a todos os países, como Rússia, Índia, Argentina. Agora, a Argentina soube conversar e reduziu a zero a alíquota — afirmou o parlamentar.
Izalci disse ainda que os Estados Unidos estão reavaliando a relação com o Brasil, não apenas pelas questões comerciais, mas também pela preocupação com a liberdade de expressão. Ele citou a retirada de conteúdos de plataformas digitais como o X (antigo Twitter), envolvendo publicações de jornalistas.
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